Acredito que a vida tem os seus momentos únicos, inigualáveis.
Penso, contudo, que todos os momentos são importantes.
Acredito que os sentimentos nos chegam como as estações do ano, todos tem o seu tempo e diferentes intensidades.
Acredito que todos temos os nossos negros e os nossos frios e que nos são tão indispensáveis como o quente e o vermelho.
Acredito em pedaços de felicidade suspensos, pendentes de nós.
Acredito que viver é uma questão de atitude.
Acredito que o positivismo e o optimismo poderiam ser a principal oração de todas as religiões. O pessimismo e o negativismo não trazem vantagens nenhumas, dou primazia ao pragmatismo.
Acredito que perseverar na procura é já encontrar, entendo que o benefício está no processo, encontrar é a cereja no topo do bolo.
Acredito no uso do livre-arbítrio, no uso da liberdade e na sinceridade como exigência.
Acredito que errar é crescer forçadamente, isso já acontece com o corpo, é a forma da mente o acompanhar.
Venero quem se acompanha da sensibilidade quando vai para o meio do mundo, ir sozinho é um risco desnecessário.
Sou a favor da realidade mas não me inibo de sonhar, acordado, e gerir assim a caixa de velocidades que lhe confere dinamismo.
Gosto de ter sensações… Gosto de saber que existe vento porque o sinto, de dançar no meio da rua porque o meu corpo tem ritmo, de respirar o mar pelo nariz e inalar a sua imensidão porque sim…
Acredito que ser parvo é uma característica interessante, evita o afogamento no que a vida tem de sério.
Gosto de beijar para saborear o doce.
Gosto de abraçar porque o meu corpo tem necessidade do toque e porque tremer de intensidade não tem preço.
Tenho a cor do sol no peito e a lua presa nos olhos por isso não existem cantos escuros onde não me apeteça.
Sou grande e forte nas paredes da alma porque me alimento de tranquilidade.
Não posso ser definido.