SEM TÍTULO
Hoje morro aos pedaços...
Estou triste.
Hoje não há eufemismos para o sofrimento,
não há ilusões, nem magia com as palavras,
hoje as palavras são cruas, vestem vermelho de sangue.
Hoje não me disfarço de poeta que finge a dor de Pessoa,
hoje sou mesmo ninguém e choro.
Choro de impotência.
Choro de fraqueza,
de sensibilidade, porque queria poder ser frio.
Hoje despi o optimismo e fiz-me humano.
Hoje feriram-me a vida,
arrancaram-me um pedaço do peito e ofereci a alma inteira.
Hoje grito luto em processo,
parece que não termina, ecoa no meu respirar.
Sou EU, falo de mim, DÓI-ME....
Não finjo, não escrevo por escrever,
dor rima com sofrimento tal como descrito,
não sou ficção, sou realidade a desvanecer...
Não quero dizer mais...
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