AMOR À FRENTE DOS OLHOS
Vejo o amor à minha frente,
perdido na rua vazia,
vai meio despido ou talvez meio vestido,
está descalço, isso é certo.
Anda confuso, ziguezagueando entre a gente,
diria que ninguém o vê, ou talvez finja não ver.
pensam poder ignorá-lo.. faz-me rir às gargalhadas...
Vejo só amor à minha frente,
parece não ter rumo, é de quem o pegar,
pegas tu? despacha-te.
vais dizer-me que não o queres?
Tens algum receio?
Dizem que não é para todos,
deixo-o para ti.
Agarra-o. Não te acanhes...
Ninguém está a ver...
Solta-te em vida, não direi a ninguém.
Fica segredo nosso.
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... é o tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos". (Fernando Pessoa)
terça-feira, fevereiro 24
sexta-feira, fevereiro 20
SEM TÍTULO
Hoje morro aos pedaços...
Estou triste.
Hoje não há eufemismos para o sofrimento,
não há ilusões, nem magia com as palavras,
hoje as palavras são cruas, vestem vermelho de sangue.
Hoje não me disfarço de poeta que finge a dor de Pessoa,
hoje sou mesmo ninguém e choro.
Choro de impotência.
Choro de fraqueza,
de sensibilidade, porque queria poder ser frio.
Hoje despi o optimismo e fiz-me humano.
Hoje feriram-me a vida,
arrancaram-me um pedaço do peito e ofereci a alma inteira.
Hoje grito luto em processo,
parece que não termina, ecoa no meu respirar.
Sou EU, falo de mim, DÓI-ME....
Não finjo, não escrevo por escrever,
dor rima com sofrimento tal como descrito,
não sou ficção, sou realidade a desvanecer...
Não quero dizer mais...
Hoje morro aos pedaços...
Estou triste.
Hoje não há eufemismos para o sofrimento,
não há ilusões, nem magia com as palavras,
hoje as palavras são cruas, vestem vermelho de sangue.
Hoje não me disfarço de poeta que finge a dor de Pessoa,
hoje sou mesmo ninguém e choro.
Choro de impotência.
Choro de fraqueza,
de sensibilidade, porque queria poder ser frio.
Hoje despi o optimismo e fiz-me humano.
Hoje feriram-me a vida,
arrancaram-me um pedaço do peito e ofereci a alma inteira.
Hoje grito luto em processo,
parece que não termina, ecoa no meu respirar.
Sou EU, falo de mim, DÓI-ME....
Não finjo, não escrevo por escrever,
dor rima com sofrimento tal como descrito,
não sou ficção, sou realidade a desvanecer...
Não quero dizer mais...
quinta-feira, fevereiro 19
RASCUNHO
Sei onde encontrar-te.
Ficaste na regularidade do tempo,
vi-te ontem na elasticidade da mente,
tinhas o passado em frente dos passos.
Sei como ter-te,
transformo-te em presente.
Tenho o dom da manipulação,
não resistas.
Ignora o mundo inteiro e a dor nos olhos,
faz-te existência no meu corpo,
abraça-me em inconsciência.
Desfaz-te dessas defesas inúteis,
oferece à ânsia toda a tua vontade.
Faz-me tremer no peito o rascunho de um poema,
o teu toque.
Não me importo que termines os versos mais tarde.
Apenas avisa-me com antecedência...
Sei onde encontrar-te.
Ficaste na regularidade do tempo,
vi-te ontem na elasticidade da mente,
tinhas o passado em frente dos passos.
Sei como ter-te,
transformo-te em presente.
Tenho o dom da manipulação,
não resistas.
Ignora o mundo inteiro e a dor nos olhos,
faz-te existência no meu corpo,
abraça-me em inconsciência.
Desfaz-te dessas defesas inúteis,
oferece à ânsia toda a tua vontade.
Faz-me tremer no peito o rascunho de um poema,
o teu toque.
Não me importo que termines os versos mais tarde.
Apenas avisa-me com antecedência...
INCOERÊNCIA COM SENTIDO
Estas palavras que digo, que escrevo,
palavras que solto, que desprendo, que condeno,
palavras que sonho, que vivo, que ignoro,
estas palavras, só palavras sem característica, que vivem e são independentes,
estas palavras que são pedaços,
pedaços de tudo e ás vezes também de nada,
palavras que me preenchem ou são só metade de mim,
quando não quero que sejam eu inteiro e as castigo,
EU sou elas despido, e elas eu ao mesmo tempo,
juntos somos nus de alma, nus de forma, aldrabados de conteúdo.
Por vezes sou sem nexo se não sou sempre,
mas quando sou sempre foi porque o nexo ganhou vida e fugiu,
eu não vou atrás, quero lá saber dele que se foi porque quis.
Quando tenho que procurar sei que está escondido em mim,
se quiser vir palavras que se transforme e eu não terei acção.
Ficarei anónimo que também é bom,
desconhecido, poderia ser sinónimo de livre se bem entendo
ou então de confuso que diz que é interessante do mesmo modo.
Até gosto quando me visto assim de palavras,
importante claro é despir-me de sentido, ou então dos sentidos todos.
Palavras de ilusão, inverdade em forma de palavras,
seria mais fácil dizer mentira mas não apeteceu,
agora não apetece simplicidade porque traz tédio, talvez mais logo,
no segundo antes do sol se ir (seria correcto dizer se por?)
ou então a lua se vir, que parece mal, não?
palavras dependem da mente.. que decidiste?
Se me adulteras palavras deixo de ser, achas que passo a ser tu?
ou passo a inexistir e a ser ninguém?
Palavras avariadas estas, tenho esperança que sim,
caso contrário irei denominá-las palavras desperdiçadas,
ou maltratadas, unidas pelo acaso rumo a devaneio qualquer, anunciado...
Deviam prender-me sem palavras, sou culpado, não tenho dúvidas…
Estas palavras que digo, que escrevo,
palavras que solto, que desprendo, que condeno,
palavras que sonho, que vivo, que ignoro,
estas palavras, só palavras sem característica, que vivem e são independentes,
estas palavras que são pedaços,
pedaços de tudo e ás vezes também de nada,
palavras que me preenchem ou são só metade de mim,
quando não quero que sejam eu inteiro e as castigo,
EU sou elas despido, e elas eu ao mesmo tempo,
juntos somos nus de alma, nus de forma, aldrabados de conteúdo.
Por vezes sou sem nexo se não sou sempre,
mas quando sou sempre foi porque o nexo ganhou vida e fugiu,
eu não vou atrás, quero lá saber dele que se foi porque quis.
Quando tenho que procurar sei que está escondido em mim,
se quiser vir palavras que se transforme e eu não terei acção.
Ficarei anónimo que também é bom,
desconhecido, poderia ser sinónimo de livre se bem entendo
ou então de confuso que diz que é interessante do mesmo modo.
Até gosto quando me visto assim de palavras,
importante claro é despir-me de sentido, ou então dos sentidos todos.
Palavras de ilusão, inverdade em forma de palavras,
seria mais fácil dizer mentira mas não apeteceu,
agora não apetece simplicidade porque traz tédio, talvez mais logo,
no segundo antes do sol se ir (seria correcto dizer se por?)
ou então a lua se vir, que parece mal, não?
palavras dependem da mente.. que decidiste?
Se me adulteras palavras deixo de ser, achas que passo a ser tu?
ou passo a inexistir e a ser ninguém?
Palavras avariadas estas, tenho esperança que sim,
caso contrário irei denominá-las palavras desperdiçadas,
ou maltratadas, unidas pelo acaso rumo a devaneio qualquer, anunciado...
Deviam prender-me sem palavras, sou culpado, não tenho dúvidas…
quarta-feira, fevereiro 4
APROVEITA O DIA (Walt Whitman)
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido...
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido...
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