Diagonalmente falando: Gosto de ser nada e não ter responsabilidade nenhuma,
gosto de saltar entre pontes,
de viver entre o que sou e o que quero ser.
Gosto das cócegas que tenho ao pensar que sou livre,
essa percepção abstracta faz-me rir
desalmadamente.
Gosto do tempo ser rápido demais para as minhas mãos
mas também gosto de ter os meus pés a andarem à frente do tempo.
Ando pelos dias sem ter pressa mas a pressa também não me tem.
É neste estar tranquilo que se vai fazendo noite e vão vivendo lá as estrelas.
Aqui, deste local onde estou no mundo,
não há preocupação que inquiete a minha paciência, por isso,
vou me deixando estar.
Talvez um dia me mude e leve para lá o meu corpo também.
Vou esperar que chegue sábado.
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