terça-feira, maio 4

PARADOXO FINGIDO

Sonho ser menos que o pó da estrada
referido em tempos por alguém que admiro.
Não sou digno de passos de gente sobre mim,
nego-me a dar sentido ao caminho de quem desconheço,quero apenas o título de sem-nome.
Sonho ser menos que poça de água em dia de chuva forte a erguer-se do fundo de um chão.
Não quero o risco de ser parte de um arco-íris.
Recuso-me a ser cor ou a ser confundido com qualquer coisa.
Aspiro somente à irresponsabilidade,
sonho vestir tranquilamente a irrelevância, só não sei o que isso significa.


imagem google

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