quarta-feira, outubro 28

CENTÉSIMO PRIMEIRO POST
Esta é a centésima primeira publicação. Cem ficaram para trás. Muitos sorrisos, lágrimas escondidas, diversos estados de almas, frases simples, momentos complexos, incoerências, espaços em branco, imagens, enfim, tudo o que me apeteceu.. Já tem alguns anos esta página que se vai compondo. Muitas vezes as publicações surgiram irregulares, porque não me obrigo a escrever ou a partilhar, é uma questão de vontade, muitas vezes de preguiça (não mental, são os dedos que se inibem).
Sinto-me abençoado por estar aqui. Aqui onde as palavras se cruzam e me permitem iludir-me nesse sonho de que as posso agarrar.
Também gosto que tu que me lês agora estejas aqui. Preenches-me a página e por isso agradeço a tua presença. OBRIGADO

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Há alguns meses ofereceram-me um Caderno de Fernando Pessoa, é um pequeno bloco de notas, ilustradas página sim página não com frases de Fernando Pessoa, e tinha a seguinte dedicatória;
"Quem mais do que Fernando Pessoa para te ajudar a:
caçar palavras no ar,
escrever palavras avulsas,
encaixar palavras,
ordená-las e desordená-las
Porque:
palavras são sementes de imaginação.
Colocas nas palavras pedaços da tua alma.
Palavras nunca são vazias,
palavras marcam, são poderosas,
palavras cativam, prendem,
palavras amparam... cativam..."

terça-feira, outubro 27

TÍTULO POR DEFINIR
(está silenciado)

Esse silêncio em que te calas enfraquece-me, faz-me vestir pele de humano, nem de grego nem de caboverdeano, nem de qualquer outro Deus de um mundo por descobrir.
Fico impotente por não poder dar ritmo à expressão do teu sorriso, por não poder desenlaçar o teu abraço em mim.
Fico pequenino, do tamanho de uma nuvem sem contéudo, a desvanecer-se em nada...
Fico papel em branco...
À espera que me preenchas...

segunda-feira, outubro 26



MOMENTOS

Ainda que meu corpo seja uma fortaleza, que a minha mente seja muralha intransponível e a força do tempo insuficiente para limitar a elasticidade das minhas crenças irei considerar-me sempre fraco e isso é tudo o que preciso para poder evoluir de forma constante, ser um projecto de crescimento ininterrupto, um processo que ostenta a morte como sombra...


E terei sempre as costas largas.

terça-feira, outubro 20

ASPIRAÇÃO



Quero escrever o mundo com as mãos,
usar o sangue como tinta e sangrar desalmadamente.
Sangrar a alma pela ponta dos dedos.

Quero esgotar hipóteses em intensidade,
inventar e reinventar sensações.
Cansar as pernas por sentir liberdade.

Quero olhar tudo em linha recta,
desmistificar atalhos e desnudar os ângulos mortos.
Ter nos olhos lágrimas que espelham todas as perspectivas.

Aspiração

Ser genuinidade em cada passo, sentimento em cada respirar.
Não ser ninguém mais que não eu próprio.
SONHO
Tenho (para deixar à tua porta) convite para partilha de um sonho.
Não tem hora marcada,
tem o tempo todo,
será eterno ainda que dure segundos.
Já o pintei em rascunho,
testei todos os traços,
misturei todas as cores.
O fundo é branco, cor de perfeição,
está intacto.
Podemos entrar de mãos dadas,
se quiseres.
Poderás adormecer em meu abraço,
acordar onde minha alma tem o centro,
onde tudo acontece...
Faz-te real aqui.
Espero ansiosamente...

terça-feira, outubro 13

SORRIR

Sorriso; o grande fundamento das nossas vidas.

Ostento esta fachada alegre, imponente, altiva e inquebrável, como se eu fosse uma criança (ingénua). Por baixo dela não existem ressentimentos, fissuras, que possam fazê-la abanar e ir contra a natureza de um sorrir que se liberta em processo, ininterruptamente...
Quero o mundo inteiro assim...

domingo, outubro 11

VIDA

Acordou-me uma insónia esta madrugada e, insistente, ousou permancer. Acendi a televisão porque tenho sempre o comando ao lado pronto a disparar para a televisão e a imagem é o fim de um filme que não chego a identificar, confesso que meio ensonado também não me esforcei muito. Retive apenas as palavras escritas na legenda: "A vida é muito semelhante à morte, acontece a todos, quer nos agrade ou não". Apressei-me a registar no telemovel antes que a insconsciência me dominasse. Poderia acrescentar; A vida é muito semelhante à morte, acontece a todos, quer nos agrade ou não, quer acreditemos nela ou não, quer estejamos preparados ou não.

Carpe diem always

segunda-feira, outubro 5

ILHA À VISTA!

Eu quero olhar-te e sentir que a distância se extingue,

que os centímetros se encurtam,

que o tempo se apaga,

que desfaz-se o vazio,

que o futuro está próximo.





Chegará descalço,

nú e apressado,
apertado em mim,

sem se soltar de nós.
Vai ser abraçado,
o elo esperado,

para unir minha alma à tua,

para libertar a ansiedade,

prender a pele à pele.



Calar as palavras...