DOGMA
E se eu existisse sem alma,
fosse assim...
só corpo, veias em ebulição,...
sangue a fervilhar, só vermelho em carne, sem sentir.
E se eu fosse só pele a tremer, ritmo sufocado, dobrado em nervos.
E se eu fosse decifrável? Transparente como me querem?
Se me ajoelhasse e fizesse do mundo o meu altar,
se meus pecados fossem eco soprado pelos quatro ventos?
E se eu pudesse ser desmembrado pelo olhar mais inocente,
se fosse a minha nudez vulnerável a qualquer toque...
E se eu existisse como um dogma?
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