terça-feira, junho 6

EYES WIDE SHUT


Completamente às escuras, de olhos bem fechados...

O beijo. Esse que acorda a vida, que te dou. Lábios húmidos, molhados de desejo, sobre os teus, ansiosos.


Um choque frontal, puramente acidental, que vai deixar cicatrizes.

Minha língua entrelaçada na tua em forma de suave súbita violência.

Prendem-se nossas almas à medida que se nos aperta o abraço para não abandonarmos o arrepio que nos despe.

Não me refiro já a mim, nem a ti, somos nós a ensaiar a dança da intensidade para actuarmos quando abrirmos os olhos.

Sinto corpo meu mais quente, unido ao teu, inflamado de necessidade mais do que vontade e não me atrevo a libertar-te.

Amarro mais intensamente a minha língua na tua para que não te soltes e com os meus lábios selo o beijo que te condena a esta doce eternidade fechada em mim...

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