Camuflado pelo silêncio,
disfarçado com pele de tempo a acelerar,
abraçado pela noite sem que exista madrugada,
de olhos postos no nada, como se fosse de propósito,
coração fechado com cadeados de indiferença,
positivismo aparantemente coxo, sem avançar,
estendido no chão, por baixo da alma imóvel,
a vida inerte, petrificada...
Feito ponte quebrada a desunir margens,
cinzento a eliminar as certezas que eram branco ou preto.
Fim de estrada sem saída ou beco estreito sem atalhos,escolher ser um ou outro é de igual forma inexistir de todo.
Ser assim sem sentido faz parte, fechar os olhos para entrar no escuro faz parte,
ditribuir passos desordenados de razão faz parte, ser um pouco perdido faz parte,
reencontrar-me no sonho dos teus abraços a qualquer hora do dia faz parte.
Disfaçar-me de silêncio não é traço que me complete a tela,
vestir-me de medo seria normal se me sentisse o frio,
disfarçar-me de frio é auto-condenação...
Estar aqui, neste ponto, neste cume, neste espaço poderia ser definição de esquizofrenia mas isso tem consciência?
Tenho-a eu?
Não quero possuir nada, nem a ilusão da consciência, nem a ilusão da sua ausência, chegar-me-ia a doce da loucura se me chegasse a alimentar pelos teus lábios.
Abre-me o teu abraço, penetra a tua alma em mim,
faz-te parede que me sustém e me dá firmeza...
faz-me diluir em confusão... outra confusão que não esta...
3 comentários:
Texto muito bom!
Um blog a seguir, certamente!!!
Música envolvente!
Este texto dá calafrios, dos bons! E ainda terminas deste jeito! Com certeza, há um tipo de confusão que sempre gostamos de sentir.
Beijos doces cristalizados!!! ;o)
P.S.: Passa lá na Rosa...lá estão minhas desculpas por sumir tanto tempo... :os
Obrigado Fragmentos, Bem vinda.. Ainda bem que gostaste. Tenho estado ausente mas vou esforçar-me por deixar livres as palavras. prometo visita em breve.
Carol, fazes-me sorri sempre que sei que estás por aí.. obrigado mais uma vez.. vou visitar-te assim. quero ver essa boa explicação! ;-)
abraços
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