ODE À ILHA
Tenho uma ilha,
o meu lar,
um lugar onde não cabe o mundo inteiro,
onde encaixo-me eu e todos os meus pedaços,
onde respiro paz ,
onde o sol não se esgota,
onde a chuva cai em ritmo de optimismo.
Baptizei-a de Marlene Fernandes,
nome que lhe sorri perfeitamente.:-)
Tem um abraço que me arrepia a alma inteira,
que conforta, protege e inebria.
É uma ilha em forma de mulher,
é quente e brilha nas suas formas sexy inconfundíveis.
Tem um olhar que me despe sem tocar,
veste alegria que contagia a sombra do próprio negro
e faz cócegas ao mais taciturno ser.
Na ilha o vento tem sopros de tranquilidade,
tem rasgos de imaginação ferozes,
tem beijos melosos que contornam o tempo.
A minha ilha é o mais próximo que estarei do céu,
tem faróis de positivismo que não se apagam,
onde tempestades temem escurecer.
A minha ilha é paraíso onde a ilusão de perfeição impera,
um local onde tudo tem cores de intensidade.
Amo a minha ilha, e, frequentemente,
distraído, volto a apaixonar-me,
e todas essas viagens têm sabor de primeira vez,
sabem a inocência de criança feliz por descobrir,
sem receios, sem pontos de interrogação, só reticências...
Essa certeza de que é só começo, que há muito mais, que és muito mais,
e que posso ser muito mais... contigo...
Permitam que me perca na minha ilha... Estarei feliz...