segunda-feira, março 23

ODE À ILHA


Tenho uma ilha,
o meu lar,
um lugar onde não cabe o mundo inteiro,
onde encaixo-me eu e todos os meus pedaços,
onde respiro paz ,
onde o sol não se esgota,
onde a chuva cai em ritmo de optimismo.
Baptizei-a de Marlene Fernandes,
nome que lhe sorri perfeitamente.:-)
Tem um abraço que me arrepia a alma inteira,
que conforta, protege e inebria.
É uma ilha em forma de mulher,
é quente e brilha nas suas formas sexy inconfundíveis.
Tem um olhar que me despe sem tocar,
veste alegria que contagia a sombra do próprio negro
e faz cócegas ao mais taciturno ser.
Na ilha o vento tem sopros de tranquilidade,
tem rasgos de imaginação ferozes,
tem beijos melosos que contornam o tempo.
A minha ilha é o mais próximo que estarei do céu,
tem faróis de positivismo que não se apagam,
onde tempestades temem escurecer.
A minha ilha é paraíso onde a ilusão de perfeição impera,
um local onde tudo tem cores de intensidade.
Amo a minha ilha, e, frequentemente,
distraído, volto a apaixonar-me,
e todas essas viagens têm sabor de primeira vez,
sabem a inocência de criança feliz por descobrir,
sem receios, sem pontos de interrogação, só reticências...
Essa certeza de que é só começo, que há muito mais, que és muito mais,
e que posso ser muito mais... contigo...
Permitam que me perca na minha ilha... Estarei feliz...

domingo, março 22

DECLARAÇÃO

"Eu reconheço o amor quando o vejo..."

terça-feira, março 10

LUCÊMIO LOPES

"Não sei se minh'alma nasceu para escrever. Só sei que se não escrever, ela morre"

NEGAÇÃO

Não sou todo poema.
O meu corpo não é só feito de rimas
nem de palavras cúmplices unidas em abraço.
Não saio à rua vestido de metáforas todos os dias.
Não estou sempre calçado de utopias.
Os meus olhos não são versos abertos como se não houvesse noite.
Não sou espelho de inocência pura.
Não sou ingenuidade a movimentar-se em transparência.

Não sou muito mais que isto... Estas reticências...
que se vão repetindo...