Gosto de pessoas.
Afirmo com convicção este facto e essas pessoas que gosto sorriem, dizem que sou maluco e fazem-me cócegas com esse dizer e fazem-me soltar gargalhadas alucinadamente espontâneas.
Será assim tão descabido? Não me parece que o seja porque não encontro nada de tão fascinante como essa gente que me circunda sem querer e sem saber porquê. Gente que vem de parte incerta indo para lado nenhum e se vai perdendo no meio do nada que lhes persegue, como a mim.
Jorge de Sena diz que se trata da "dedicação à honra de estar vivo", diz que esse gostar traduz "o amor ao nosso semelhante, no que ele tem de único, de insólito, de livre e de diferente", eu, com as minhas limitações digo apenas que se trata de uma forma de curiosidade disfarçada de interesse que me leva a querer saber os porquês de cada ser e conhecer essa unicidade que lhes é característica.
Se "ser diferente depende sempre do ponto de onde cada um vê a realidade do outro" como diz uma grande amiga minha, penso que tenho muitas diferenças porque tenho muitos pontos de onde observar e de lá, do alto do meu mundo, a tentativa de descodificar sorrisos, abraços, palavras não ditas, silêncios gritantes em olhares despidos, nunca me parece suficiente mas não me canso nem desespero...
Aguardo apenas que a paciência me arrepie o corpo porque sei que é condição necessária para te poder perceber melhor a ti que és pessoa e a mim que vou tentando (me) ser...
Porque sim... porque sou arrogante e penso que as perspectivas que tenho são só minhas e só as partilho com quem eu quiser e achar que é pessoa...
És mesmo pessoa?
Será assim tão descabido? Não me parece que o seja porque não encontro nada de tão fascinante como essa gente que me circunda sem querer e sem saber porquê. Gente que vem de parte incerta indo para lado nenhum e se vai perdendo no meio do nada que lhes persegue, como a mim.
Jorge de Sena diz que se trata da "dedicação à honra de estar vivo", diz que esse gostar traduz "o amor ao nosso semelhante, no que ele tem de único, de insólito, de livre e de diferente", eu, com as minhas limitações digo apenas que se trata de uma forma de curiosidade disfarçada de interesse que me leva a querer saber os porquês de cada ser e conhecer essa unicidade que lhes é característica.
Se "ser diferente depende sempre do ponto de onde cada um vê a realidade do outro" como diz uma grande amiga minha, penso que tenho muitas diferenças porque tenho muitos pontos de onde observar e de lá, do alto do meu mundo, a tentativa de descodificar sorrisos, abraços, palavras não ditas, silêncios gritantes em olhares despidos, nunca me parece suficiente mas não me canso nem desespero...
Aguardo apenas que a paciência me arrepie o corpo porque sei que é condição necessária para te poder perceber melhor a ti que és pessoa e a mim que vou tentando (me) ser...
Porque sim... porque sou arrogante e penso que as perspectivas que tenho são só minhas e só as partilho com quem eu quiser e achar que é pessoa...
És mesmo pessoa?
2 comentários:
Que bom estares de volta! Já tinha saudades desta tua sobriedade inquietante.
Bem hajas por partilhares.
E tu menina do rach? onde tens silenciadas as tuas sábias palavras sempre contornadas de brincadeira? mostra-me o caminho...
abraço
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