sexta-feira, dezembro 1

ALGURES no meio do mundo sobrevive;

Um pensamento encalhado no porto das memórias,
Uma onda que não chega a atingir a praia,
Um raio de sol que não aquece o chão,
O beijo que não humedece os lábios,
Um abraço que não toca a alma,
Um corpo que ama sem encaixar,
Um olhar que se perde sem ver

Subsiste;

A liberdade presa em coisa alguma,
Porque existem canetas que só escrevem
E melodias sem letras que lhe dêem voz...

Cresce;

O amanhã pendente,
O odor de saudade a libertar-se no presente.
O estar de mim ausente,
(Porque me tornei líquido
E me dei a beber a ti, loucura...)

Transformei-me num desejo mal calculado,
(Engarrafado) e agora vomitas-me em litros...

O resultado;

Andar sem chegar ou entao não querer chegar
(Para evitar ter andado)

Querer estar perdido ou então não se chegar a encontrar
(Para nunca se ter perdido)

Muita confusão na cabeça desta tinta que me sangra...

Existem segundos que nunca chegam a passar e é aí que quero ser...

3 comentários:

Anónimo disse...

bravo, estás de volta!
R

Anónimo disse...

"Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade." Miguel Torga

Anónimo disse...

Não penses no caminho e não penses que é duro.. segue andando.. não penses no que é futuro...