Falar de sentir, da complexidade...
Da teria empírica inerente à complexidade.
Preencher a vida, dar forma ao abstracto, esquecer a poesia, viver um revivalismo no presente, dizer palavras sem sentido e não assumir a responsabilidade. Assumi-la mas não temer as consequências.
Acompanhar o movimento de um olhar sem mensagem mas conseguir ler o não dito...
Paralisar o banal, sem querer, de tão simplesmente inconsciente...
Dar passos sem destino, sem preocupação pela não chegada, sentir cada centímetro avançado e pensar cada metro recuado, olhar pelas janelas frias de conteúdo e ignorar o observável.
Usar a lupa mecanizada da mente para ampliar a imagem do infinito... Longe da vida que toca a normalidade mas tocá-la na sua intimidade. Possui-la na cama da intensidade e destapar da não vida o manto da passividade. Eternizar os segundos, transformados em acções, tatuá-los na memória a cada instante e fazer deles instrumentos para a construção da realidade dentro dos sonhos.
Não atemorizar as palavras mas deixá-las fluir.
Cair do céu, sem chegar ao chão. vaguear ao sabor do vento, acariciando rostos sem expressão, petrificados pela sombra da sua não vida que lhes persegue.
Alimentar de incoerência a ilusão, fazer-lhe crer na mentira que parece ser a verdade.
Encher de confusão a tua mente que me lê, sem poder virar a página e sentir-me orgulhoso disso.
Fazer pensar a mente do mundo...
Perceber o processo... Apelar à sua inexactidão e não apressar o seu fim...
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