domingo, junho 7

FAÇA-SE SILÊNCIO...

Ás vezes irrita-me conseguir escrever como agora.

Não quero, não quero despir-me em palavras.

Não quero ser decifrado, não quero ser alvo de interpretação.

Quero torná-las mudas,

não quero ser dominado, violado, controlado.

Quero estar um pouco só.

Envolto em silêncio, pintado de analfabeto.

Quero ficar aqui, neste escuro, não quero que me gritem pelos dedos.

Deixem-me quieto.
Está frio aqui.

Por favor.

Não quero saber.

Dói.

4 comentários:

Amor amor disse...

Desculpe interromper teu silêncio, sei que dói...mas sentir é mesmo assim: dói. E escrevemos nos despindo, perdemos qualquer orgulho, e somos quem somos, ainda bem...

Beijinhos doces cristalizados!!! ;o)

Marlene Fernandes disse...

o silêncio nem sempre é mudo e as palavras nem sempre são ouvidas...
não tenhas problemas em deixar na tela as marcas do teu pincel, não tens que as expor ao mundo, pois, pode ser um quadro para a parede lá de casa.

carinhosamente

ruth ministro disse...

Por vezes sinto o mesmo...

Um beijo para ti.

www.avalsadomonstro.com disse...

Existe uma maneira certa de viver e a dor também nos ensina essa maneira.Não deixes de acreditar por um segundo que a dor um dia baixará armas e aí poderás voltar a sentir e a encontrar-te.

Um abraço e aguardo com ansiedade por novos escritos.

Conto contigo amigo F.