ENSAIO ESTRANHO...
Estranhamente estranho me sinto hoje, como se eu fosse estranhamente estranho sempre, isto é, todos os dias. Não me sinto com estranhas intenções, o que é estranho por si só, isolado de tudo o que é resto. Se assim estou, estranhas seriam ou deveriam ser também as minhas intenções que, contudo, são nenhumas.
Explicar esta estranha sensação parte de mim e até mim chega, parece que estou fora do mundo, das pessoas e parece-me estranho que assim seja. É como se eu estivesse numa parte do mundo onde estranhamente as pessoas não me pertencessem ou então eu não as pertencesse porque me consideram estranho e tal facto também não é de estranhar porque assim estranhas também as considero.
Observo as pessoas a andar pela rua, algumas estranhamente arrastam-se, sem andar propriamente, outras apressam-se e também é como se não andassem e é estranho para mim que não dêem passos, que os saltem e não se apercebam.
É estranho também quando observo os seus olhares, onde não me incluo, e é estranho que não me observem ou que não me sinta observado já que eu não me canso de os observar, cansa-me sim a estranheza com que os observo porque não me sai dos olhos e por isso cega-me o pensamento.
Estranho pensamento sobre as pessoas, sobre mim que também sou pessoa, embora evite muitas vezes, e a estranheza que observo sem querer ser estranho...
Estranhamente estranho me sinto hoje, como se eu fosse estranhamente estranho sempre, isto é, todos os dias. Não me sinto com estranhas intenções, o que é estranho por si só, isolado de tudo o que é resto. Se assim estou, estranhas seriam ou deveriam ser também as minhas intenções que, contudo, são nenhumas.
Explicar esta estranha sensação parte de mim e até mim chega, parece que estou fora do mundo, das pessoas e parece-me estranho que assim seja. É como se eu estivesse numa parte do mundo onde estranhamente as pessoas não me pertencessem ou então eu não as pertencesse porque me consideram estranho e tal facto também não é de estranhar porque assim estranhas também as considero.
Observo as pessoas a andar pela rua, algumas estranhamente arrastam-se, sem andar propriamente, outras apressam-se e também é como se não andassem e é estranho para mim que não dêem passos, que os saltem e não se apercebam.
É estranho também quando observo os seus olhares, onde não me incluo, e é estranho que não me observem ou que não me sinta observado já que eu não me canso de os observar, cansa-me sim a estranheza com que os observo porque não me sai dos olhos e por isso cega-me o pensamento.
Estranho pensamento sobre as pessoas, sobre mim que também sou pessoa, embora evite muitas vezes, e a estranheza que observo sem querer ser estranho...