terça-feira, junho 12

HINO AO ACONCHEGO

Metamorfose,
fim de processo iniciado no abraço,
passageiro entregue,
levado na boleia do beijo.

Discernimento,
a loucura disfarçada,
o raiar do silêncio, abafado,
gemido que grita no olhar.

Intensidade
pintada de branco,
na nudez de passividade que veste
o tempo.

Tatuagem,
embora líquida,
provoque no corpo o naufrágio
da necessidade de toque.

Abandonada seja a saudade

3 comentários:

Amor amor disse...

"...o naufrágio da necessidade do toque"
"Abandonada seja a saudade"
Deveras, um hino para ser musicado e cantado até que se livre dos grilhões da saudade de um amor não correpondido...
Gostei demais!!!
Beijos!!!

Amor amor disse...

Gostei de tudo que li, e li tudo!!!
Flavinho, vê se aparece, e atualiza teu blog. Nós, mortais, precisamos ler mais de teus textos!

Cheguei aqui através do blog intenso "Heartbeat", e acabei achando outro intenso tb!!!

Beijos do outro lado do oceano, e uma ótima semana pra ti!

Anónimo disse...

Pensar que o vento liberta as minhas palavras para além do oceano é por si só ridiculo.. pensar que arranham a sensibilidade de uma rosa de cristal... recuso-me...